Ao
abrir meus olhos, percebo que meu marido já não estava na cama, porém sinto um
quentinho descomunal, de um jeito que não dava vontade de sair da cama. Porém
eu precisava, e urgentemente ir ao banheiro. Mal dei dois piscos nos olhos e já
me estava de pé.
Corri
loucamente para o banheiro; levantei a tampa; e simplesmente após abaixar minha
cueca, eu urinava. Estava loucamente ‘apertado’.
Assim
que me aliviei, fui banhar. Quando eu já estava passando o xampu, o Raphael
entrara no banheiro. Fizemos questão de por um Box com uma cor mais escura, exatamente para momentos assim.
Eu
passava o xampu, mas sentia alguma nostalgia. Afinal, é estranho banhar com
alguém tão próximo a seu lado... E para ‘piorar’, ele abrira o Box pretendendo
banhar comigo. Ele pegara o xampu e começara a esfregar meu couro cabeludo.
Era uma
sensação tão boa, algo que eu jamais tinha sentido antes. Quando estamos tão
acostumados a fazer uma coisa com nosso corpo por nós mesmos, estranhamos, de
um jeito bom, quando outros o fazem por nós. – O que era o caso
- Já basta, Raphael. – Disse a ele, já religando o chuveiro
para tirar o xampu.
Despejei
o líquido do condicionador em meu cabelo e automaticamente começava a esfregar.
– Esquecendo totalmente que meu cônjuge estava ali.
- Ué, esqueceu-se de mim? – Perguntou.
- Não... – Neguei por vergonha.
Resolvi-me
eu passar o condicionador no cabelo dele. E bagunçava o mesmo loucamente. Ele,
por uma espécie de ‘revanche’ me desdenhava igualmente.
Ambos bagunçávamos o cabelo um do
outro como crianças. Quando nos olhamos nos espelho, ele parecia um punk e eu
aparentava um touro com dois chifres.
E simplesmente ríamos um da cara
do outro. E continuávamos bagunçando o cabelo um do outro.
- Você está parecendo gente agora! – Assenti.
Ele com um tom de deboche me
jogou água e estragara a brincadeira. Tirei o condicionador de mim, e pegara a
toalha para começar a me enxugar, enquanto ele tirava o condicionador de si.
Quando eu já me punha a cueca,
ele vinha por trás e segurava o elástico da mesma, afirmando a seguinte:
- Hoje quero dominar o mundo. – Falava isso enquanto franzia o cenho para mim.
Eu possuo várias cuecas com
estampas, e, por coincidência, a que eu ia usar nesse dia era a que possuía uma
estampa de mapa-múndi.
Vir-me-ei o corpo de lado, para
dá-lhe um leve cascudo de desaprovo, porém, apenas de olhá-lo, ele me beijara.
Quando vejo que não, já estou encostado na parede e ele me beijava
sufocantemente.
Ele me punha na pia do banheiro e
ali continuava a me beijar, descia o resto de meu corpo até chegar à “África”.
Puxava-me
a cueca vorazmente e meu membro cintilava, e ele beijava o mesmo. – Após uns três minutos ele me colocara em
posição de parto, ainda em cima da pia; e eu já sentia algo internamente em mim
que não era de mim mesmo.
Minha
libido agonizava de prazer, e era bom. A dele também agonizava, e ambos
estávamos rindo. – Rindo no sentido de estar com um riso bobo enorme no rosto.
- This boy
is on fire! – Ele me assentia cantando.
Ambos agonizávamos até o
último instante, até que um líquido claro saíra de mim. E logo dele também.
- Feliz agora? Vou
ter que me banhar novamente. – Assenti para ele atônito.
- Sim, estou feliz, vou poder ter um banho completo contigo.
Olhei
para ele com uma de minhas sobrancelhas levantadas e com um tom de ‘ você é
esperto de mais para o meu gosto’.
Desci da pia e fui para o Box novamente. Liguei o chuveiro e
suavemente me passava o sabonete. E ele abrira a porta do local onde estava e
começara a esfregar minhas costas sem que eu lhe pedisse nada.
- Desculpe... – Ele disse
- É que eu te amo... E só de te ver assim, minha libido clama seu corpo. – Ele
continuou
- O café já está pronto? – Perguntei num tom de como se eu estivesse certo e
ele não.
- Sim, já está e eu já tomei meu suco. Preparei uma surpresa para você hoje. –
Ele afirmara isso com um sorriso alegremente maléfico.
- Tudo bem. – Eu disse, eu nunca fico curioso com ‘surpresas’ ao ponto de
perguntar o que é. Mas admito, eu estava curioso.
Assim que terminamos de banhar,
eu pus outra cueca; já que aquela do mapa-múndi estava ‘suja’. Todavia pus uma cueca com a estampa de vários
jornais espalhados no tecido. Meu cônjuge vinha por trás e me beijava a nuca
dizendo:
- Arrume-se, vamos sair neste sábado.
O que me deixara um pouco mais
curioso com a ‘surpresa’.
Sentei-me a mesa da cozinha e
preparei minha dose de café. Punha-me na boca a xícara e o observava andando de
lado a lado arrumado uma cesta.
- Vamos a um convescote? – Perguntei curioso.
- Você é muito estraga-prazer. Sim, nós vamos a um piquenique e pare de usar
palavras mais ‘complexas’. – Quando terminou de falar isso, ele arfava com um
pouco de raiva.
- Você que não sabe esconder melhor suas surpresas. – Afirmei isso levantando
da cadeira e me aproximando dele.
Dei-lhe um beijo na orelha e
sussurrei a ele:
- Eu amei a surpresa, bobo.
Ajudei-o a terminar a cesta e
saímos de casa. Eu estava com uma camisa regata branca e uma bermuda bege e um
chinelo. Ele com uma camisa de manga, lilás e com uma bermuda jeans, com um
sapato incomum.
Fechei a porta e descíamos a
escada juntos. Ele segurava a cesta.
Andamos um pouco, e falávamos
nossas anedotas bobas. Até que chegamos na parada de ônibus e em pouco tempo o
nosso passou. Ficamos sentados um ao lado do outro. Eu, obviamente, discuti com
ele sobre quem ficaria na janela. Eu acabei ‘ganhando’ a discussão e ficamos lá
até nossa hora de descer chegar.
De fora o campo que estávamos,
era lindo; possuía uma entrada revestida de madeira e algo como um portal
contendo o seu nome. Por fim entramos no local após pagarmos uma breve taxa.
Ele me puxava rapidamente para um
local, por mim ainda desconhecido. Seguíamos o gramado raso, até acharmos uma
árvore confortável o suficiente para nós dois. Sentamos-nos sob a sombra de sua
copa e lá armamos nosso convescote.
Ficamos deitados sobre a grama e
desdenhávamos das nuvens e suas formas absurdas:
- Aquela parece um cavalo – Assenti.
- Aquela me lembra de você. – Ele disse apontando a uma nuvem que parecia um
‘coração’.
Eu rolei na grama até chegar mais
perto dele e lhe beijara, eu sentia aquele quentinho do sol de meio de tarde e
a brisa do vento de um modo tão bom, e resolvemos lanchar. Eu peguei um
sanduíche e coloquei o suco no copo. Ele fizera o mesmo. Era suco de laranja.
Assim que terminamos de lanchar,
eu sugerira que fossemos pescar. Havia ali próximo um pesque-pague, onde você
pesca e se quiser levar o peixe, pode levar.
Alugamos duas varas de pescar e
ganhamos de brinde um pouco de isca; andamos um pouco mais e chegamos próximo
da borda do lagozinho que ali tinha. Montamos duas cadeiras e nos sentamos, e
com um sol de crepúsculo jogamos a linha em água.
Após algum tempo balançando e eu
percebi que a isca tinha saído do anzol, resolvi por um pouco mais e com
cuidado para eu não me furar.
Assim que coloquei a isca
novamente atirei a linha no mar e rapidamente algum movimento vinha, tanto em
mim, quanto na linha de meu marido. Ambos puxávamos a vara com força para que
pudéssemos pegar o peixe. Apesar de não gostarmos de comer peixe, é uma
sensação incrível você pegar um peixe.
Todos se aproximavam de nós, para
ver como seriam esses peixes. Após muita força e grande torcida; os dois anzóis
se partem e nos vem só as linhas, que amarram a mim e a meu marido juntos e
conforme íamos, nos beijamos na frente de todos, forçadamente pela linha de
nossas varas de pescar.
Todos ficaram atônitos enquanto
viam à cena de dois homens se beijando; contudo um homem, depois de um
determinado tempo, veio nos ajudar. Após sermos desamarrados, a plateia estava
indo embora.
Fomos atrás de outras varas de
pescar e devolvemos as que haviam quebrado. Como o atendente havia visto o
‘incidente’; não nos cobrara nada pelas varas quebradas.
Seguimos novamente aos nossos
lugares. Porém eu resolvi apenas ficar deitado olhando o fim do crepúsculo,
enquanto meu esposo sentara-se em sua cadeira novamente e jogara a linha
n’água.
Quando a lua já surgia, eu pedi
para ele parar. Ele insistiu que queria pegar um peixe. E dei-lhe mais dez
minutos enquanto eu arrumava nossas coisas.
Passados sete minutos ele
conseguira pegar alguma coisa. E puxava alegremente a sua vara de pescar.
Quando a linha chegou em ar, era apenas uma sardinha...
- Vai mesmo querer levar esse peixe? – Tentei dizer sem desdém, mas era
impossível disfarçar o riso.
Devolveu
o peixe ao mar e já estávamos quase saindo do campo. Porém eu lhe puxara em
dedos dizendo:
- Onde pensa que vai?
- Vou para casa, ué; você não?
Puxei-lhe
por dedos e voltamos à árvore que estávamos mais cedo. Pressionava-lhe na
árvore e lhe punha a mão sobre sua cabeça enquanto beijava agonizantemente seu
pescoço, provocando-lhe uma ereção rápida.
Tirava-lhe
sua camisa e ele tirava a minha. E ambos nos beijávamos.
- Amor, aqui é um ambiente público – Ele disse.
- E daí? É noite e está deserto. – Assenti.
Desabotoava
sua bermuda e a puxava para fora. Enquanto eu me punha de joelhos e descia sua
cueca, grilos e vagalumes nos cercavam com suas luzes e seus sons noturnos.
Ao
abaixar sua cueca branca, do dia, começava a beijar seu membro sob o luar. E em
pouco tempo estávamos praticando sexo oral.
Conforme íamos, ele me levanta e
me beija a boca. Desce meu corpo vagarosamente e desabotoa minha bermuda e tira
minha cueca também. Porém, esfregava seu corpo na árvore e se sentava no chão.
Puxando-me mutuamente, eu me encaixava normalmente em seu corpo.
Um
movimento bipolar dentro de mim me consumia lentamente. E eu era sucumbido
calmamente por minha presa.
Quando
vejo que não, sinto um líquido quente dentro de meu corpo; agachava-me sobre
seu corpo, até sua boca e lhe beijava.
Deitados
sob o luar e sobre a grama, ao som de grilos. Eu me masturbava para concluir o
pedido de minha libido. Após algum tempo o mesmo líquido quente saia de mim,
para a grama.
Permanecemos
lá, como viemos ao mundo: tranquilos, aparentemente sem preocupação nenhuma,
com um sorriso estampado no rosto e víamos as estrelas e a lua como sempre
foram. E aparentávamos com eles. Sem nada com o que se preocupar.
Coloquei
minha cueca e fui avisar ao Raphael por a sua também. Porém vi que ele já
estava dormindo. Beijei-lhe sua testa e pus sua cueca nele. Por fim, naquele
dia. Dormimos num campo a céu aberto e a luz da lua apenas.