sábado, 27 de abril de 2013

Coreografo de instante


Coreografo de instante:

Transbordam-me os beiços
Com dois dentes afastados
Um riso frouxo espantoso
Que fim, parece não ter.

Alegria transbordada
Contagia o corpo todo
Minh’alma ri de alívio
Com prazer todo dia

Te pego em braços
E contigo corro
Prum abraço
E giramos à toa

Queria eu poder passar
Essa alegria a cada um
Que dela precisa



Capítulo II

Capítulo 2:

             
                Ao abrir meus olhos, percebo que meu marido já não estava na cama, porém sinto um quentinho descomunal, de um jeito que não dava vontade de sair da cama. Porém eu precisava, e urgentemente ir ao banheiro. Mal dei dois piscos nos olhos e já me estava de pé.
                Corri loucamente para o banheiro; levantei a tampa; e simplesmente após abaixar minha cueca, eu urinava. Estava loucamente ‘apertado’.
                Assim que me aliviei, fui banhar. Quando eu já estava passando o xampu, o Raphael entrara no banheiro. Fizemos questão de por um Box com uma cor mais escura, exatamente para momentos assim.
                Eu passava o xampu, mas sentia alguma nostalgia. Afinal, é estranho banhar com alguém tão próximo a seu lado... E para ‘piorar’, ele abrira o Box pretendendo banhar comigo. Ele pegara o xampu e começara a esfregar meu couro cabeludo.
                Era uma sensação tão boa, algo que eu jamais tinha sentido antes. Quando estamos tão acostumados a fazer uma coisa com nosso corpo por nós mesmos, estranhamos, de um jeito bom, quando outros o fazem por nós. – O que era o caso
- Já basta, Raphael. – Disse a ele, já religando o chuveiro para tirar o xampu.
                Despejei o líquido do condicionador em meu cabelo e automaticamente começava a esfregar. – Esquecendo totalmente que meu cônjuge estava ali.
- Ué, esqueceu-se de mim? – Perguntou.
- Não... – Neguei por vergonha.
                Resolvi-me eu passar o condicionador no cabelo dele. E bagunçava o mesmo loucamente. Ele, por uma espécie de ‘revanche’ me desdenhava igualmente.
Ambos bagunçávamos o cabelo um do outro como crianças. Quando nos olhamos nos espelho, ele parecia um punk e eu aparentava um touro com dois chifres.
E simplesmente ríamos um da cara do outro. E continuávamos bagunçando o cabelo um do outro.
- Você está parecendo gente agora! – Assenti.
Ele com um tom de deboche me jogou água e estragara a brincadeira. Tirei o condicionador de mim, e pegara a toalha para começar a me enxugar, enquanto ele tirava o condicionador de si.
Quando eu já me punha a cueca, ele vinha por trás e segurava o elástico da mesma, afirmando a seguinte:
- Hoje quero dominar o mundo. – Falava isso enquanto franzia o cenho para mim.
Eu possuo várias cuecas com estampas, e, por coincidência, a que eu ia usar nesse dia era a que possuía uma estampa de mapa-múndi.
Vir-me-ei o corpo de lado, para dá-lhe um leve cascudo de desaprovo, porém, apenas de olhá-lo, ele me beijara. Quando vejo que não, já estou encostado na parede e ele me beijava sufocantemente.
Ele me punha na pia do banheiro e ali continuava a me beijar, descia o resto de meu corpo até chegar à “África”.
                Puxava-me a cueca vorazmente e meu membro cintilava, e ele beijava o mesmo.  – Após uns três minutos ele me colocara em posição de parto, ainda em cima da pia; e eu já sentia algo internamente em mim que não era de mim mesmo.
                Minha libido agonizava de prazer, e era bom. A dele também agonizava, e ambos estávamos rindo. – Rindo no sentido de estar com um riso bobo enorme no rosto.
- This boy is on fire! – Ele me assentia cantando.
                Ambos agonizávamos até o último instante, até que um líquido claro saíra de mim. E logo dele também.
 - Feliz agora? Vou ter que me banhar novamente. – Assenti para ele atônito.
- Sim, estou feliz, vou poder ter um banho completo contigo.
                Olhei para ele com uma de minhas sobrancelhas levantadas e com um tom de ‘ você é esperto de mais para o meu gosto’.
Desci da pia e fui para o Box novamente. Liguei o chuveiro e suavemente me passava o sabonete. E ele abrira a porta do local onde estava e começara a esfregar minhas costas sem que eu lhe pedisse nada.
- Desculpe... – Ele disse
- É que eu te amo... E só de te ver assim, minha libido clama seu corpo. – Ele continuou
- O café já está pronto? – Perguntei num tom de como se eu estivesse certo e ele não.
- Sim, já está e eu já tomei meu suco. Preparei uma surpresa para você hoje. – Ele afirmara isso com um sorriso alegremente maléfico.
- Tudo bem. – Eu disse, eu nunca fico curioso com ‘surpresas’ ao ponto de perguntar o que é. Mas admito, eu estava curioso.
Assim que terminamos de banhar, eu pus outra cueca; já que aquela do mapa-múndi estava ‘suja’.  Todavia pus uma cueca com a estampa de vários jornais espalhados no tecido. Meu cônjuge vinha por trás e me beijava a nuca dizendo:
- Arrume-se, vamos sair neste sábado.
O que me deixara um pouco mais curioso com a ‘surpresa’.
Sentei-me a mesa da cozinha e preparei minha dose de café. Punha-me na boca a xícara e o observava andando de lado a lado arrumado uma cesta.
- Vamos a um convescote? – Perguntei curioso.
- Você é muito estraga-prazer. Sim, nós vamos a um piquenique e pare de usar palavras mais ‘complexas’. – Quando terminou de falar isso, ele arfava com um pouco de raiva.
- Você que não sabe esconder melhor suas surpresas. – Afirmei isso levantando da cadeira e me aproximando dele.
Dei-lhe um beijo na orelha e sussurrei a ele:
- Eu amei a surpresa, bobo.
Ajudei-o a terminar a cesta e saímos de casa. Eu estava com uma camisa regata branca e uma bermuda bege e um chinelo. Ele com uma camisa de manga, lilás e com uma bermuda jeans, com um sapato incomum.
Fechei a porta e descíamos a escada juntos. Ele segurava a cesta.
Andamos um pouco, e falávamos nossas anedotas bobas. Até que chegamos na parada de ônibus e em pouco tempo o nosso passou. Ficamos sentados um ao lado do outro. Eu, obviamente, discuti com ele sobre quem ficaria na janela. Eu acabei ‘ganhando’ a discussão e ficamos lá até nossa hora de descer chegar.
De fora o campo que estávamos, era lindo; possuía uma entrada revestida de madeira e algo como um portal contendo o seu nome. Por fim entramos no local após pagarmos uma breve taxa.
Ele me puxava rapidamente para um local, por mim ainda desconhecido. Seguíamos o gramado raso, até acharmos uma árvore confortável o suficiente para nós dois. Sentamos-nos sob a sombra de sua copa e lá armamos nosso convescote.
Ficamos deitados sobre a grama e desdenhávamos das nuvens e suas formas absurdas:
- Aquela parece um cavalo – Assenti.
- Aquela me lembra de você. – Ele disse apontando a uma nuvem que parecia um ‘coração’.
Eu rolei na grama até chegar mais perto dele e lhe beijara, eu sentia aquele quentinho do sol de meio de tarde e a brisa do vento de um modo tão bom, e resolvemos lanchar. Eu peguei um sanduíche e coloquei o suco no copo. Ele fizera o mesmo. Era suco de laranja.
Assim que terminamos de lanchar, eu sugerira que fossemos pescar. Havia ali próximo um pesque-pague, onde você pesca e se quiser levar o peixe, pode levar.
Alugamos duas varas de pescar e ganhamos de brinde um pouco de isca; andamos um pouco mais e chegamos próximo da borda do lagozinho que ali tinha. Montamos duas cadeiras e nos sentamos, e com um sol de crepúsculo jogamos a linha em água.
Após algum tempo balançando e eu percebi que a isca tinha saído do anzol, resolvi por um pouco mais e com cuidado para eu não me furar.
Assim que coloquei a isca novamente atirei a linha no mar e rapidamente algum movimento vinha, tanto em mim, quanto na linha de meu marido. Ambos puxávamos a vara com força para que pudéssemos pegar o peixe. Apesar de não gostarmos de comer peixe, é uma sensação incrível você pegar um peixe.
Todos se aproximavam de nós, para ver como seriam esses peixes. Após muita força e grande torcida; os dois anzóis se partem e nos vem só as linhas, que amarram a mim e a meu marido juntos e conforme íamos, nos beijamos na frente de todos, forçadamente pela linha de nossas varas de pescar.
Todos ficaram atônitos enquanto viam à cena de dois homens se beijando; contudo um homem, depois de um determinado tempo, veio nos ajudar. Após sermos desamarrados, a plateia estava indo embora.
Fomos atrás de outras varas de pescar e devolvemos as que haviam quebrado. Como o atendente havia visto o ‘incidente’; não nos cobrara nada pelas varas quebradas.
Seguimos novamente aos nossos lugares. Porém eu resolvi apenas ficar deitado olhando o fim do crepúsculo, enquanto meu esposo sentara-se em sua cadeira novamente e jogara a linha n’água.
Quando a lua já surgia, eu pedi para ele parar. Ele insistiu que queria pegar um peixe. E dei-lhe mais dez minutos enquanto eu arrumava nossas coisas.
Passados sete minutos ele conseguira pegar alguma coisa. E puxava alegremente a sua vara de pescar. Quando a linha chegou em ar, era apenas uma sardinha...
- Vai mesmo querer levar esse peixe? – Tentei dizer sem desdém, mas era impossível disfarçar o riso.
                Devolveu o peixe ao mar e já estávamos quase saindo do campo. Porém eu lhe puxara em dedos dizendo:
- Onde pensa que vai?
- Vou para casa, ué; você não?
                Puxei-lhe por dedos e voltamos à árvore que estávamos mais cedo. Pressionava-lhe na árvore e lhe punha a mão sobre sua cabeça enquanto beijava agonizantemente seu pescoço, provocando-lhe uma ereção rápida.
                Tirava-lhe sua camisa e ele tirava a minha. E ambos nos beijávamos.
- Amor, aqui é um ambiente público – Ele disse.
- E daí? É noite e está deserto. – Assenti.
                Desabotoava sua bermuda e a puxava para fora. Enquanto eu me punha de joelhos e descia sua cueca, grilos e vagalumes nos cercavam com suas luzes e seus sons noturnos.
                Ao abaixar sua cueca branca, do dia, começava a beijar seu membro sob o luar. E em pouco tempo estávamos praticando sexo oral.
                Conforme íamos, ele me levanta e me beija a boca. Desce meu corpo vagarosamente e desabotoa minha bermuda e tira minha cueca também. Porém, esfregava seu corpo na árvore e se sentava no chão. Puxando-me mutuamente, eu me encaixava normalmente em seu corpo.
                Um movimento bipolar dentro de mim me consumia lentamente. E eu era sucumbido calmamente por minha presa.
                Quando vejo que não, sinto um líquido quente dentro de meu corpo; agachava-me sobre seu corpo, até sua boca e lhe beijava.
                Deitados sob o luar e sobre a grama, ao som de grilos. Eu me masturbava para concluir o pedido de minha libido. Após algum tempo o mesmo líquido quente saia de mim, para a grama.
                Permanecemos lá, como viemos ao mundo: tranquilos, aparentemente sem preocupação nenhuma, com um sorriso estampado no rosto e víamos as estrelas e a lua como sempre foram. E aparentávamos com eles. Sem nada com o que se preocupar.
                Coloquei minha cueca e fui avisar ao Raphael por a sua também. Porém vi que ele já estava dormindo. Beijei-lhe sua testa e pus sua cueca nele. Por fim, naquele dia. Dormimos num campo a céu aberto e a luz da lua apenas.




sexta-feira, 26 de abril de 2013

O que é o amor?

O que é o amor?

Amor é o que a sociedade diria que sinto por ti. Mas o que seria o amor? Seria o ato de gostar de uma pessoa, de um jeito diferente? Talvez... Mas como você definiria ‘gostar’? Sentir afinidade por alguém? E ‘afinidade’? Voltaríamos à palavra ‘gostar’... Nossas palavras já tem um sentido para seus sinônimos, então usamos outras palavras pra interpretar outras. E por aí vai... Mas se eu te amo, eu deveria gostar de você, sentir afinidade por você. Sinto, e é verdade, mas eu sei disso, porque sei o que significaria gostar e ter afinidade. Só que como sei tais significados? Porque eu sei? Sem intermédio de outras palavras? Já me é algo que está em mente... É estranho...
Ninguém, até hoje, consegue dizer o que seria o amor. Talvez por não ser o mesmo com todos... Eu definiria o amor como uma dor n’alma; o coração fica apertado, como se você fosse um fumante antigo, e ainda por cima com asma. Mas é uma dor boa... Principalmente quando você está perto de quem diz amar. É algo bom... É confortante... É agonizante... Mas ainda assim é algo bom. Quando você ama, você tenta procurar um significado pro que sente... Mas é difícil. O melhor jeito seria dizer o que você ama na pessoa amada.
O que amo na minha pessoa amada:
- A voz dele. É uma voz que chega a irritar, mas também é confortante.
- O jeito d’ele perguntar como foi meu dia
- O jeito como ele me faz dar um sorriso bobo
- O jeito como eu fico, quando não falo com ele.
- O jeito como ele tenta me confortar; dar-me conselhos. Mesmo sem sucesso.
- O jeito como ele ri da minha memória
- O jeito como ele me fala da vida dele
- O jeito dele em si
Ele em si x).
E você. Se amar, o que ama nessa pessoa. Ou como seria sua visão da palavra ‘amor’?

Capítulo I


Capítulo 1:

A cama estava desarrumada; o cobertor já me saia os pés.  Meu marido já se encontrava sem o cobertor todo. Ele sempre diz que é calorento e que é quente; então não precisa de cobertores. Eu, porém, preciso e quero. Só que gosto quando ele me esquenta.
Assim que eu reparei que ele estava sem a coberta; dei-lhe um abraço, cheirando-o dum jeito que apenas eu o fazia. Punha-lhe o braço por debaixo de seu corpo e um por cima. Ao mesmo tempo, abraçando-o, apertado, lhe sentia seu cheiro. Dando-lhe bom dia.
O que me era mais estranho era o jeito como eu me sentia ao acordar. Eu sinto uma dor no peito que jamais sentira antes. É um pesar diferente, em que o coração parece excitado. Tal dor é boa; até porque o abraçando desse jeito seria o melhor ‘remédio’.
- Bom dia, Bobão – Disse-lhe ainda abraçando-o
- Booom diaaah – Disse ele ainda bocejando.
Ficamos abraçados por mais um tempo pequeno. Até que ele criou coragem de levantar e ir preparar o café da manhã. Eu fui ao banheiro.
Quando cheguei à cozinha o café já estava quase pronto. O Raphael estava esquentando a água na leiteira e eu saí para comprar os pães.
Desci as escadas dum jeito bem animado e contagiante. Chegava ao intervalo dos andares e virava. Até chegar à porta. Segui a rua e quase tropeço ma pedra... Por fim cheguei à padaria.
A padaria era um ambiente agradável, eu encostei-me ao balcão e pedi cinco pães. Enquanto esperava
Em menos de um minuto a moça havia me entregue uma sacola com aproximadamente 350g. Voltei pelo mesmo caminho; chegando perto de casa, me lembrei do local onde eu quase havia caído.
Quando cheguei, o café já estava pronto e meu marido já estava preparando seu suco. Ele não gosta de café, então passava uma determinada quantidade para mim e lhe fazia suco. Ele gosta de suco de laranja.
Depois de tomar ‘café’, nós nos dispersamos. Ele foi trabalhar e eu fui para a escola. Despediu-se de mim com um beijo na bochecha e um:
- Eu te amo, minha vida.
- Também te amo, guri.
Na escola, a partir do 3º horário de aula o Raphael começou a me encher de mensagens fúteis, porém sem arrependimentos. Tudo sempre voltava ao ‘eu te amo’.
Ao meio dia, eu saí da escola e tive que correr para a outra escola, o IFBA. Encontrei por sorte o amigo do Raphael já saindo de casa. E ele me deu uma carona.
                No fim da aula, o Raphael me encontrou na porta e pegamos um ônibus.
- Como foi seu dia?
- Bom, o começo você sabe... Depois fui à escola e foi ‘engraçado’.
- Engraçado como?
- Bem... Hoje foi ‘engraçado’ pois me mantive com um sorriso bobo no rosto o dia todo.
- Eu te amo bobão. – Disse-me, beijando minha bochecha.
                Fiquei com um sorriso ‘engraçado’ estampado no rosto e com as bochechas vermelhas.
- Eu também te amo – Respondi.
                Continuamos conversando besteiras por mais alguns minutos até ele dizer que estava na hora de descermos; porém, eu não reconhecia o lugar. Aparentava Ser uma praia.
- Vamos. – Disse ele
                Ele me segurou os dedos, me puxando vagamente até a saída do ônibus; do lado de fora, seguimos para a areia.
- Amor, o que viemos fazer na praia?
- Viemos jantar, depois vamos andando pra casa.
                Encontramos uma lanchonete ali próxima e pedimos um hambúrguer; dois na verdade. Seguimos direto para o mar e nos sentamos; pegamos os dois sanduíches da sacola enquanto observávamos o céu noturno; podíamos contar as estrelas se tivéssemos paciência. Creio que umas cinquenta, ou mais.
                Após terminamos de comer; eu, pelo menos, me deitei por completo, estirando meus braços sob minha cabeça, fazendo deles um travesseiro.
- Eu te amo, Raphael. E quero ficar assim com você o resto da minha vida
- Assim como?
- Assim: deitados; num local tranquilo, calmo; poder dizer que te amo, e não me preocupar com mais nada no mundo.
- Eu também te amo, Alexandre.
                Ele estava sentado, mostrando os braços em cima de seus joelhos. Lentamente ele se deitou ao meu lado e passava o dedo em meu rosto, na tentativa de um beijo.
- Sentiu isso? – Eu disse a ele.
- Isso o que?
- Eu senti um pingo no meu rosto!
- Outro! – Reafirmei
- Maldita chuva!
- Bendita; vamos correr, e vou te provar que sou mais rápido.
                Levanto-me e a chuva já está engrossando. Tiro minha calça e fico só de cueca. Para correr mais rápido; Pus a calça na bolsa e comecei a correr. Ele já estava em minha frente; só que eu corria mais rápido e logo estávamos iguais.
                Por fim eu o ultrapassei.
- Abra os braços como eu lhe disse. – Eu lhe falei.
                Todavia nós dois abrimos os braços e fingimos estar no clipe de ‘airplanes’ como lhe havia dito uma vez.
Depois que ele me ultrapassou, eu lhe puxei pelos braços e o joguei para trás. Ele ficara irritado, obviamente, e ele não queria soltar minhas mãos.
Já estávamos a 1 km de nossa casa e continuávamos ensopados. Continuamos correndo e um puxando o outro de modo que parecíamos crianças. Porém, creio eu que é-nos isso que o amor faz. Fazemos bobeiras sem nos preocuparmos muito com as consequências. Todavia não deixamos de dizer ‘eu te amo’. Sabemos que é verdade, mas é necessário ouvir.
Próximo do apartamento, ele pegou a chave já tentando me imprensar na tentativa de uma excitação precoce. E funcionara...
Abriu a porta e entramos.
- Amor, que tal tirar essa camisa? Disse-me já a tirando.
Ele me beijava no pescoço de um jeito sufocantemente bom; a camisa já me saia o corpo todo eu começava a tirar a dele.
Ele já colocava suas mãos em minha cueca – Sentia o quente de sua mão em minha pele e por fim notara que meu membro já estava ereto. O dele também estava e ele já tirava sua roupa.
- O que você quer hoje, Alexandre?
- Quero que você me penetre.
- Se você pede, então que seja feita sua vontade.
- Amém! – Assenti
Com nossas cuecas já de fora, eu beijava suavemente seu pescoço, levando-o para a cama empurrando-o. Quando ele caia na cama eu já estava em cima dele.
Beijava-o por completo, descendo todo o seu corpo até chegar a seu membro. Alguns segundos depois eu já beijava suavemente sua glande e ele já começava a gemer.
Após alguns minutos ele mudara de posição, levantando-me e me ajeitando para ficar ergonômico para sua vontade. Após isso, ele colocava lentamente seu pênis dentro de mim. E ambos agonizávamos de prazer.
Enquanto eu aparentava cavalgar nele, eu punha minha boca em seu ouvido e sussurrava bem baixo:
- Te amo, te amo, te amo, te amo... – Sussurrava isso rapidamente e ele gostava.
Ele me penetrava com mais força e ambos gritávamos de luxúria.
Continuamos com esses movimentos por mais algumas dezenas de minutos e por fim terminamos exaustos.
- Está cansado? – Perguntei.
- Não o suficiente...
                Beijava sua boca calorosamente deixando-o excitado novamente e ele virava-se para ficar de bruços.
- Minha vez, bobo.
                Eu lhe punha meu membro em seu corpo e já começávamos uma segunda vez. Era incrível como isso não cansava... Ele ficava em cima de mim, e eu podia admirar uma vista esplêndida de quem eu amo, e eu sentia algo tremendamente bom. Algo que palavras ainda não conseguem descrever.
                Conforme fosse eu continuava o movimento por mais alguns minutos, pois já estávamos um pouco cansados após quase meia hora da primeira vez. Seguíamos nisso até que em algum momento eu ejaculei. Enquanto meu membro latejava, ele se masturbava rapidamente.
                À saída do meu jato, eu sentira uma dor maior, mais descomunal, mais indescritível. Caso perguntes a qualquer homem, irá saber que ao ejacular-se o sêmen, sente-se um prazer absurdo, e o que eu sentira era mais absurdo ainda. Era-me impressionante...
                Após tirar meu membro de seu corpo, eu lhe beijava o rosto todo.
- Ainda sem sono? Perguntei
- Na verdade estou...
- Quer dormir?
- Sim.
                Eu lhe pusera sua cabeça em meu peito e lhe fazia um cafuné no seu cabelo crespo. Beijava-lhe sua testa até que ele dormisse.
- Eu te amo Raphael.
- Também te amo Alexandre.
                Não sei como, o quando, só sei que quando me percebi já estava acordando...