terça-feira, 24 de setembro de 2013

Visão de Câmera 2.0

                Aconteceu muita coisa nesta semana, desde muito antes que estou querendo montar estes escritos de terça e só estou fazendo agora por que realmente hoje é terça... Não sei se vou falar muito da minha avó como acho que alguns esperavam, não tenho como ter certeza já que ninguém me comenta nada (INDIRETA)!
                Inicialmente devo começar pelo primeiro assunto que me veio na mente, desde a quarta ou a quinta da semana anterior. Eu não dei um nome específico a este assunto, mas ele se baseia na visão de câmera, como não sei se o vídeo em que explico isto está muito claro, ou se você (leitor) viu meu vídeo veja no próximo parágrafo!
                Na visão de câmera você deve, primeiramente, imaginar como seria olhar através de uma câmera, esta visão segue os seus olhos (ao modo que suas mãos se movimentam); esta visão é o que chamo de “visão de câmera”. Quando você olha outra pessoa, dificilmente você se percebe que ela a possui também. Demora um tempo pra cair à ficha, mas ela caí. Todos nós, seres vivos e animados possuímos este tipo de visão. E ao imaginarmos que todos os seres a possuem é um absurdo de complexo.
                Nesta nova ideia que tive, eu incremento mais algo nesta ideia da visão de câmera. Quando alguém me olha, já havia comentado, ela possui esta visão de câmera que todos nós possuímos, perfeito. Até que eu fui perceber que aquela pessoa já sabe o meu rosto de cor, e eu sei o rosto de todos de cor. Quando alguém me vê, independe do modo como me visto ou como aparento, ela saberá que sou eu, assim como eu reconheço aquela pessoa. No seu âmbito a pessoa a se ver numa foto, num vídeo; ou se ouvir num áudio ela não se reconhece. Aquela pessoa que foi captada é um modo oposto da que se conhece. Quando tiraram uma foto minha e eu me identifiquei de totalmente leveza, percebi que eu era diferente do que imaginava, mas aos olhos alheios aquele era o meu normal!
                Vou, por aqui, acabar pregando um pouco da minha avó, pois vejo que tem haver com a ideia de visão de câmera. Eu, realmente, gostaria de entender o que passava pela visão de câmera dela... Possuo minhas deduções, mas nenhuma convicção da perícia. Eu fico imaginando, também, o momento em que a visão de câmera se extingue, não sei se é semelhante a quando dormimos como cita um livro. Ou quando se leva anestesia geral; ou até quando a pressão baixa; creio que esta última solução seja a mais viável. Também me intriga bastante o nascimento, uma visão de câmera surge...


domingo, 22 de setembro de 2013

Óbito

                Quando fui dormir, aproximadamente ás dez da noite, havia faltado energia. Deixei o ventilador ligado no ponto para que quando voltasse a corrente eu sentisse um úmido sobre minha pele. Dito e certo, porém com o vento soprando o meu rosto, acabei acordando. Olhei o celular e acabei conversando um pouco com o Raphael, ele ainda estava acordado às 2 da manhã.
                Alguns minutos depois uma sede incontrolável me batia, eu achei que resistiria até o dia seguinte, mas acabei me levantando da cama. Ao me virar na biblioteca no ponto de descer a escada me espanto com a luz do banheiro acessa. Desço alguns degraus a mais e vejo minha avó caída no chão. Desço o mais rápido possível e rujo seu parentesco comigo. Ela não me ouvia, ou simplesmente não respondia. Ela estava espumando muito.
                Corri subindo a escada para acordar a Rachel e tropecei no terceiro degrau, olhei-a novamente espumando e percebi que não podia ficar ali parado e machucado. Corri o mais rápido possível e chamei a minha mãe. Ambos corremos em desespero para a escada e quase ela se cai. Mandei-a tomar cuidado extra e ela desceu.
- Rápido, me ajuda a levantá-la aqui – Disse a Rachel.
                Eu simplesmente estava muito fraco, não tinha jantado na noite anterior, o sono saíra de mim por simples instinto. O máximo que conseguimos fazer foi colocar seu corpo perante a parede do banheiro e terminamos de tirar-lhe a roupa. Era o que ela estava tentando... Dei-lhe água na boca a mando da Rachel, mas ainda estava espumando muito.
                Mandei mensagem ao Raphael e ele não respondia, experimentei mandar à Mariana e ela me respondera. Sua mãe era paramédica e ela me ajudara. A Rachel foi buscar sal, pois minha avó estava ficando muito pálida. No caminho até a cozinha, a Rachel encontrou dois frascos. Ela deduzira ser chumbinho... Desde então me deixou ali sozinho no banheiro e foi pra sala lastimar...
                Eu estava ali sozinho com a minha avó em minhas pernas, enquanto eu em pé. Ela estava convulsionando muito e babando bastante. Consegui seguindo os conselhos da Mariana e tirei tudo que havia na boca dela e me sentei. Coloquei sua cabeça em meu colo e a boca dela finalmente ficara aberta. Até então ela estava como a língua um muito atordoada no aparelho da dentadura.

                Sua língua estava cinza, sua respiração era escassa, e simplesmente já sabia que ela estava em óbito. Não havia outra palavra... Ela morrera em meus braços cinco minutos antes da ambulância chegar em casa... 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Escravos


Nos dias de hoje tudo parece tão simples, e ao mesmo tempo absurdamente complicado. Como já dizia o meu avô: “Não faz, compra feito!”. É impressionante como, neste século, temos de tanto, mas nos falta coisas que são do âmbito humano. Estamos construindo um novo âmbito, porém estragoso.
                Sempre que estou na escola – Ou em qualquer lugar, o luxo não é só de lá. – Vejo sempre as pessoas mexendo em seus aparelhos eletrônicos e de modo a voar no esmo de si mesmos. Não ei de dizer que não faço uso destas tecnologias, mas eu mantenho meu setor organizado ao nível que não me modifiquem o âmbito, o ânimo.
                O que já tentei dizer em versos e não consegui, venho aqui, em prosa. Sempre fomos escravos da tecnologia, e não há como fugi-la. Só como assenti-la. Num recente vi uma revista afirmando que “viramos escravos da tecnologia” foi revoltante, pois sei que sempre fomos e explico: a tecnologia é algo que melhora o nosso trabalho diário, ou não. Então até o fogo é uma tecnologia, mas comparado a outras é difusa. O fogo é tecnologia antiga, mas é tecnologia. Ele ajuda no nosso dia-a-dia e sempre fomos “escravos” do mesmo.
                O que acontece nestes dias, é que dependemos de tal modo que não conseguimos chegar a um ponto de retrocesso necessário. No sentido de algum erro no sistema, não conseguirmos cumpri-lo sem o mesmo por alguns instantes. Alguns casos eu reconheço, pois são tecnologias novas e não existiam antigamente. Porém a falta de um ar-condicionado, ou um gás elétrico...
                Hoje quem sabe fazer as coisas de modo antigo pode ser chamado de escoteiro, por saber as coisas que são do âmbito humano, é simplesmente absurdo: uma pessoa não saber lavar uma roupa se não for à máquina.
                Dependemos de máquinas para tudo, e acho isto errado. Pelo menos se você como humano não souber fazer a coisa de modo normal. Meu pai sempre dizia que eu só devia usar a calculadora quando soubesse fazer a conta sem ela. E sou grato a ele por isto. E aqui vos prego o mesmo. Tente retroceder um pouco. Faz bem à saúde. Sede escotista!

Noção de tempo


Hoje é terça, né? Eu acho que sim... Enfim: hoje senti que dias de terça combinam com escritos e acabei por achar que deveria escrever. Mas não sei se no futuro sempre terei ideias na terça em si. Mas, em todo caso, devo postar os escritos neste mesmo dia da semana.
                Estava me deparando recentemente com certa ideia de noção de tempo, fiz um vídeo comentando-a e ficara absurdamente confusa. Ei de explicá-la, pois quero persuadir no pensamento próximo àquele.
                Quando eu me lembro do passado eu sei que o vivi e que ele formou o que eu sou hoje. Admiro-me bastante quando vejo quem me tornei, pelo menos até agora... Eu, hoje, ao viver meu presente percebo que o que vivi no passado foi apenas ilusão, talvez. Com uma inecessidade de saber que no presente vivo o corrimento de segundos; do passado não me lembro deles em exato. Sei que existiram porque me formaram, mas não me lembro de tê-los vividos do modo quando dizemos “lembro como se fosse ontem”. E saber que, talvez, não lembrarei no futuro, o exato momento que digito esta letra, é abominável...  Efusivamente o que vivemos hoje, construindo para o futuro é miragem para o passado...
                Minha análise de hoje é adjacente à anterior. Eu tenho bastante foco no meu futuro, e pretendo continuar assim. Já me falaram certa vez que sou adiantado, quando ouvi isto não prestei muita atenção no mesmo. Ao recente, percebi que por eu tanto ser adiantado posso estar desaproveitando o que deveria nesta minha idade, ou que eu estou excluindo uma parte do meu futuro. Tentando, querendo obter mais conhecimento de modo prematuro me remeto a simplesmente objeto leitor.
                Acuso-me adiantado, hoje, por não saber necessariamente como as outras pessoas pensam, o que retorna à minha primeira ideia: “Visão de câmera”. E sei que por estar prematuro vou acabar sem um alguém para compartilhar minhas mesmas coisas ao âmbito psicológico. Postulo, também, que por estar adiantado não lembro que no futuro ainda terei tempo. Recordo-me apenas que tenho um mês, por exemplo. E voltando à questão ‘futuro’ estou deixando-me sem espaço para ele talvez...

Amigo meu

Esta falta de vento
Céu de uma estrela só
Me forma todo atento
Dando-me um nó

Tua estrela brilha aqui
Na rua formando risos
Num minguante crepúsculo
Vendo nossos signos

Meu presente outro dia
Foi tua estrela à Lua
Emprestando-a, eu
Ao velho Kuekuatsheu

Perante a parede
Olho negro céu
Que vos tapa o véu

Farelo

Fico ali sentado no ponto;
E a minha nostalgia por ti não passa.
Não me adianta, pro ônibus, presa.
No caminho ainda me perco com o tempo!

Queria ser teu cobertor:
Te cobrir no frio,
Te tirar todo o pavor;
Viver este teu farelo.

Ao teu lado vendo;
A noite toda crendo
Que o mundo não é tão horrendo!